painel

domingo, 29 de maio de 2011

em seu mundo

                                      Em seu mundo.


Será que ainda olhas por mim?
Será que de onde estais me enxergar?
Se enxergais o que pensas de mim?
Sempre saio ao seu encontro,
Pedindo licença a Morfeu a cada
Anoitecer pra encontrar-te.
Sempre trago do seu mundo,
O cheiro suave de seus cabelos.
Repouso minha cabeça tão tumultuada
Em seu colo, para ouvir seus
Sussurro que refrigera minha alma; e tudo passa!
Contigo caminho em segurança como se
Fosse a doce e imaculada menina de outrora
 Que não mais existe do mundo de cá.
E mas uma vez, entre tantas tenho que soltar
Suas mãos e voltar o mundo dos viventes.
Lágrimas lavam meu rosto.
Tantas vezes despedimos-nos e ainda não me
 Acostumei...
Aqui quero ficar , nesse mundo com você,
Mais o ciclo ainda inacabado devolve-me
A terra dos viventes.
É morfeu fechando os portais!
Espero o decorrer do sol, para mais uma
Vez encontrar-te.
E então ter de volta a paz que a privação
De sua presença levou naquela triste anoitecer!

sábado, 28 de maio de 2011

                                            Roda de Mironga.

Abram a roda que cheguei para dançar,
Com os pés descalços a poeira levantar.
Abram a roda para o vento eu salvar,
Abram a roda para a guerreira de Oxalá,
Abram a roda para minha saia eu rodar,
Abram a roda para o aruandê eu cantar,
Abram a roda que meu recado eu vou dar,
Abram a roda para o xirê dos Orixás,
Abram a roda que com eles vou dançar,
Abram a roda para os guerreiros guerrear,
Abram a roda  que as espadas vão cruzar,
Abram a roda que as mães vão entrar,
E suas doçuras então mostrar,
Abram a roda para os caçadores caçar,
Abram a roda que o seu ponto vão riscar,
Abram a roda para os velhos trabalhar,
Com suas mirongas eles vão girar,
Abram a roda que a Maria vai entrar,
Para com as crianças brincar,
Fechem a roda que volto já, pois com o
Babá eu vou trabalhar!



             

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Déjà vu

                                                Déjà vu


Lembranças que não vivi,
Cheiros que não senti,
Pessoas que conheci,
Cantos que não cantei,
Roupas que não usei
Assombram minha mente
Como um déjà vu pertinente.
Que está mais existente que
O presente.
Vestígios do passado que essa
Carne não curtiu penetram na
Matéria do presente que não
Atingiu...
Vinte e poucos anos não cabem,
No presente existente, mas penetra
No passado inexistente.
Entre lá e cá caminha essa mente
Que anda no presente, mas voar
Sempre as lembranças que não vivi
Mas que existe em um déjà vu pertinente!

terça-feira, 24 de maio de 2011

                   Homofobia


Vou começar esse texto citando um artigo:

“Todos os seres humanos nascem livres e iguais
Em dignidade e direito. São dotados de razão e
Consiencia e devem agir em relação umas as outras
Com espírito de fraternidade”
(art.1 da declaração universal dos direitos humanos.)
Sim! Todos nós somos livres em dignidade e direito,
Direito ir e vir, religioso,sexual, cultural, até mesmo
entre o bem e o mal,direito de respeitar o direito alheio.
Sou sim a favor de uma campanha contra o preconceito,
Seja religioso, racial, sexual cultural...
Porem não concordo com essa campanha tão ostensiva seja
Exclusiva a homofobia,sendo que todos os dias o reconceito se faz presente.
Quantos templos religiosos são apedrejados por pessoas demasiadamente Intolerantes, quantos negros são ofendido  todos os dias,quantos espíritas são agredidos verbalmente e até mesmo fisicamente,pobres são desmerecidos ,moradores de comunidade mal visto...
Sim!Vamos fazer uma campanha contra o preconceito, contra as intolerâncias.
Não concordo em levar a escolas o tema homofobia, mas sim o tema não ao preconceito!
O mais correto seria levar as escolas um projeto de educação sexual aonde ensinamos os nossos jovens um sexo seguro e saudável, para que nossos jovens não troquem os livros por uma gravidez indesejada. Por doença feita a AIDS aonde jovens que mal iniciaram a vida, ficam presos a um fio de esperança dado por um coquetel que hora tem hora não. 
E os portadores do HIV?São vitimas de preconceitos absurdos, por conta dessa  doença que muitos ainda tem medo de pronunciar o nome.
Há um tempo atrás uma emissora colocou em um banco de uma estação de trem a seguinte frase:
Aqui sentou uma pessoa com HIV: Quem lia não sentava!
E não seria diferente se fosse hoje.
Não seria um preconceito?Quantos soros positivos são excluídos da sociedade, perdem seus trabalhos, são subjugados.
Não sou homofobica,acho que os homossexual tem os mesmos direitos e deveres dos heterossexual,
Porem não estão ressaudando os deveres dois homossexual.
Durante muitos anos morrei próximo a uma boate GLS,e nos dias  do funcionamento dessa boate,minha causada ficava cheia de calcinhas, preservativos,cuecas...
Até que um dia tive que sair de madrugada, para ir ao medico e me deparei com a cena constrangedora de um casal  de homens tendo relação sexual no meu portão.(não seria menos constrangedor se fosse heterossexual)
O que aconteceu...?
Simples! Eles olharam para minha pessoa e perguntou o que  eu estava olhando.
Então antes de decretar os direitos, ensinar os deveres,não somente aos homossexual, já que esses “manifestos sexual”,
não acontece só entre os homossexual,mas também entre os heterossexual.
Deixo claro que isso (o fato de fazer sexo nas ruas) é abominável para ambos homossexuais e heterossexuais.
Sou a favor a fazer uma campanha ensinando a respeitar os portões, as casas dos outros,para que não se confunda liberdade com libertinagem.
 Relação sexual dever ser feito entre quatro paredes.
Afinal isso é contra lei, é o que nos separa entre seres racionais e irracionais ou não é?
O meu protesto não é contra o homossexual mais contra o desperdício de dinheiro publico, contra uma campanha incompleta, desleal com os demais.
Até por que preconceito é crime, basta a cada um de nós corre atrás do nosso direito.
Brasil mostra sua cara!

sexta-feira, 20 de maio de 2011

espetáculo do cotidiano.

                            Espetáculo do cotidiano


O mundo virou um espetáculo,
Um circo, um grande espetáculo,
Olhem nas esquinas e veras os equilibristas
Equilibrando em seus salários de fome.
Palhaços soltos, fingindo o aceitar
A ilusão dos venais ilusionistas.
Ilusionistas fazendo sempre as mesmas ilusões,
Escondendo verbas, valores, em suas cartolas,
Muito bem guardada em Brasília...
E lá vêm as contorcionistas! 
Desafiando a flexibilidade entre o ser mãe, mulher, provedora...
Palmas... É um show a parte!
Lançadores de facas, lançando suas facas um contra
O outro.  
Abaixem-se! facas perdidas!
E nós simples malabarista, fazendo malabarismo com
Nossa alegria, para que não caia sobre  terra, diante
De tantas carências éticas, do brio...

É o espetáculo do cotidiano!
 
Nesse circo somos todos itinerantes, caminhado
Ou tentando caminhar em rumo ao progresso em
 Um monociclo de esperança!

quarta-feira, 18 de maio de 2011

reencontro

                                                             Reencontro.


Não voltei ao passado, mas o passado sentou-se em meu
leito e me deu bom dia!
Lá estava o passado correndo em meu quarto,tagarelando, fazendo traquinagens....
Era eu menina... doce e endiabrada, de frágil aparência.
(somente aparência).
Muito me assustou o deparo comigo, como eu era chata...
Por um instante o eu menina, calou-se dando a vez a uma
Adolescente franzina, que mais parecia, um menino, sem
qualquer  vaidade.
Ela simplesmente com seu pavio curto, perguntou o por quê de um
Olhar tão questionador, afinal adoravamos ser assim sem vaidades,
Sem compromissos, simplesmente vivíamos, não importava
Opinião alheia, até o momento em que essa ai chegou,mudando tudo.
Nesse momento uma moça forte e decida com um olhar penetrante,
Sentou-se em meu leito, e com uma empáfia ajeitava seus cabelos,
retocando sua maquiagem, em um dom autoritário disse-me:
Minha querida! Se eu não surgi-se,você não teria conhecido o sabor da
Conquista, não teria o tão valioso lugar ao sol...
Um principio de discussão se fez presente, afinal era muitas de mim...
Um grito, que mais parecia um trovão se fez presente,
Era eu ,no agora.uma mulher madura,decidida...
Dei um beijo em cada uma e agradeci.
Agradeci a o eu menina por sua inocência por sua alegria imaculada,
E  essa alegria ainda estava presente em mim ,e  sempre há de estar,
Agradeci a rebelde adolescente que fui que se permitiu ser teimosa o suficiente
Para não mudar,diante das opressões de uma adolescência precose, transviada,
E essa teimosia ainda carrega comigo.
E por fim a moça, a bela moça. Por sua responsabilidade, austeridade, pela
Ânsia de vida que a impulsionava, obrigado!
 E hoje nesse louco presente sei que sou a guardiã de vocês, para entregá-las
 Intactas a mulher do futuro!


sábado, 14 de maio de 2011

Debandei-o


                                  Debandei-o

Nunca pensei que fosse deixar-te!
Abandonar sua presença, que a mim
Traz arrepios....
Meu coração não há mais de acelera por
Sua visita lúgubre...
Minhas pernas não há mais de tremer por
Sua presença soturna.
Não hei de ficar por sua causa...
Não quero mais te ver nos reflexos dos meus
Olhos negros.
Saia da minha vida, da minha cama...
Não! Não vamos estar mais juntos, vou-me
Debandar...
Não quero mais suar frio, diante de seus
Sussurros enfadados.
Nunca mais há de me possuir, estou rompendo
 Os laços, em que me envolveste.
Não sou mais sua senhora, você não é mais meu senhor.
Perdeste seu trono Medo!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

liberdade...

                                                                              Liberdade

O que dizer  da liberdade?Como defini - lá?
No primeiro instante vem em mente algo tão sublime...
Mas basta um minuto para pensar diferente;
No dicionário tem significado totalmente o oposto da louca
Realidades do tempo moderno.
Tempo moderno?
Um minuto...
Não é problema do tempo moderno, mais sim de nós!
 Que permitimos que nossa liberdade fosse usurpada, por alguém,
Por permitir que os capitães do mato dos tempos modernos,
nós prenda em nossa senzala de luxo.
Os nossos capitães do mato se modernizaram,
sua armas ,suas vestes,se tornou modernas
seu gosto pela maldade, se apurou .
E nós já não, mas valente! Abaixando o rosto
Estampado de uma covardia descabida, inepta sem ao menos
 Fingir uma revolta, se não por nós, mas pelos nossos
Antepassados ou por quem há de vir.
A liberdade se tornou banal, afinal a nossa senzala
É moderna, é digital, os nossos senhores não são
Mas donos de cafezais ,mais sim senhores de Brasília.
É preciso ecoa o canto de revolta, pra os escravos dos tempos modernos
Arranca os grilhões;
Grilhões esse, que não, mas nas mãos;
Mas nos olhos, na alma.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

minha procura

                                         Minha procura


Vaguei, vaguei, muito ate encontrar-te,
Sentei-me a mesa sozinha,
Dancei só a valsa dos apaixonados,
Perdi-me dentro da minha dor,
Busquei por ti, mesmo sem saber
Que era você que faltava.
Embriaguei minha alma de falsa ilusão,
Pois não sabia o que faltava.
Perco ri estradas, levantando poeira,
Rasguei minha veste, pois minha alma já
Encontrava-se dilacerada pelo que nem eu sei.

 Minhas pernas não mais respondiam as expectativas
De minha alma desmedida, em sua procura incessante.
E como o sol você apareceu, aquecendo minha alma,
Dissipando as trevas do meu olhar.
Minha alma agora se embriaga de amor; regozija
De felicidade.
Meu coração bate em compasso com o seu,
Minha procura enfim terminou!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

repudiei

                                                                   Repudiei...

Não olhei para trás para não te ver...
Criastes-me, mas não me conheces...
Arranquei de minha alma o mal
Que hereditariamente recebi...
Vasculhei minha mente para arrancar
Suas execráveis palavras.
Corri até meus pés sangrarem,
Repudiei meu sangue, meu nome.

Sim! Positivamente me degenerei...
Sai nua para não levar nada de ti,
Curei-me no tempo, a chuva lavou
Resquícios de ti, o vento soprou
As ardências da minha alma, o
Sol secou as lágrimas dos meus olhos,
A noite escondeu-me de você.
O fogo me adotou , a terra escondeu
Minhas pegadas de ti ,para que não
me encontra- se.
Fugi para não ser como você!

domingo, 1 de maio de 2011

                             Doce infância!


Que saudade tenho de ti,Doce infância !

Saudades das canções de rodas, aonde o
Mundo girava de uma forma, mágica
embalada,pela magia da inocência.
vibrávamos ao ver as cores, formando
O belo arco Íris,mexendo com a imaginação;
E a pergunta que não calara:
Onde está o pote de ouro?
mundo simples da doce infância,enfeitado
de bolas,gudes e piões!
Meninas pulando seus elásticos, batendo
Suas cordas, passando anel...
Meninos jogando bola, enfeitando o céu
Com suas pipas,rodando seus piões... 
E eu transitando entre os dois lados
Elásticos e pipas...

Ah que saudade tenho de ti doce infância!

Em frente a casa meninos e meninas reunidos
para jogar as cinco Marias ,escravo de Jó...
Qual de nós não brigou com o sono,para esperar
Papai Noel, a fada dos dentes...?

Orgulhosamente eu!

                                 Belas histórias embalaram o sono,protegendo
                                  a doce infância.
Ah pequeno príncipe como tenho saudades de
velo na televisão.
Brinquei de índio com a Xuxa,ri do bozo da vovó
Mafalda,esperava os trapalhões no final de cada tarde
de domingo.
Ah doce infância ! Que me permitiu acreditar em fadas,
Princesas e até mesmo no homem do saco (rsrsrs)

Ah que saudade tenho de ti doce infância!