Açoites
Acoites que ontem açoitava a pele escura,
Hoje açoita a clara,escura,parda...
A cada amanhecer espontâneamente
Entramos em nosso navio negreiro,
Sem ao menos perceber que as portas
Simplesmente estão abertas,e que carregamos
Em nossa mente friável nossos carrascos.
Os grilhões que antes se trazia preso aos pés,
encontra-se hoje em nossa mente fragilizada
O metal que antes comprava a liberdade hoje
Nos aprisiona mais e mais...
A alforria de hoje só se compra com a letra
Que dês de 1.500 tentam esconder.
A nova era camufla os açoites dado pelos
Senhores feudais, que não mais em seus castelos,...
Mas sim naquele planalto ,que financiamos com
O suor de nosso rosto já envelhecido pelo sol.
Somos forte e capazes a lastima é que não percebemos,
Que o que nos aprisiona é mera ilusão patrocinada
pela ausência de um conhecimento.
A letra negada, iniciada, mas nem sempre terminada,
Oferecendo-nos um alfabeto de 13 letras.
Contudo creio que um dia hão de perceber que
As mãos que nos açoita são nossas ao receber a venal “ajuda”
Que os moços do planalto têm a nos oferecer ,no intuito
De intelectualmente nos empobrecer;
Afim de que não percebemos que a nossa Isabel está no verbo aprender.