painel

sábado, 10 de dezembro de 2011

Não há mais eu

        Não há mais eu

Submersa em medo
Em desejos que não são meus,
Em sonhos que não sonho,
Em paixão que não mais a sinto.
Uma identidade falsa,
Uma obra prima dependurada em uma ponte.
Fecho os olhos; esses meus velhos e tristes olhos
Para não ver o que poderia ser ou o que é.
Estou só nessa minha multidão,
Dedos apontando a direção, mais não é a minha direção!
O sentido ficou inexistente,
 A paixão mórbida,
 A ira não me punciona mais.
A indiferença é o lema; triste e amargo.
Ainda há o sorrir em meio à multidão,
 Mas a verdade está na solidão.
Despetalo-me como se fora um bem me quer,
Encerro a noite sorvendo uma bebida,
Dando boa noite a essa nicotina.
Até que acha coragem para nobilitar-me!