painel

sábado, 27 de agosto de 2011

Suportáveis, insuportáveis

                                                     Suportáveis, insuportáveis


Insuportavelmente suportamos as  mesmices
De todos os dias, horas regras, etiquetas... 
Suportáveis respostas de perguntas que não
As fazemos.
Suportável visão do tempo, dos marcos que deixados
Em nossos rostos, em formas de linhas.
Insuportável visão da covardia vestindo seu
Alinhado terno com seu colarinho branco há
 Surripiar-nos a dignidade e nos deixando
 De troco o atestado de otário da vez.
Suportável adeus a quem deixou-se de amar
Insuportável crueldade em forma de
Mulher deixando em lixeiras anjos que por
Sorte sobrevive. E a que preço sobrevive...?

Infelizmente suportamos caminhar e ver uma criança a mendigar. 

Insuportável covardia nossa do dia a dia que
Conhecemos facínora e nada fazemos por
medo de acabrunhar,
tornando-nos amancebado a iniquidade.

Insuportável tirania que fingimos suportar
Como se fosse uma democracia singular;
Insuportável  espera de um basta 
Que não quer chega! 

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Pecados das almas.


                                                             Pecados da alma.


 Sobre meus seios repouse sua cabeça
Amei-te sobre diversas formas rapidamente
Em diversos momentos desejei-te
Amaste-me puramente,
Desejei-te pecaminosamente
Segurei-te entre minhas pernas quentes
Para desfazer o não que pensavas pronunciar.
 Acalmo sua mente em um único segredar,
Par depois te enlear.
Tu me trazes na alma oh amado!
Eu a ti somente em meu corpo nu.
Oferece-me o singelo branco
Ofereço-te o vermelho encarnado
Seus olhos reflectem o sol 
Os meus refletem a lua.
Transponho-me para dentro de ti
Sem que jamais veja o que há em mim
Lençóis aquecidos pela minha luxuria
Queima sua alma pura.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Entre lá e cá.


                                 Entre lá e cá





Ouço o que não vejo,

Vejo o que não se vê
Sinto o amanhã no
Presente deste meu “tormento”
Pensamentos meus
Misturados a voz que não vejo.
Será meu, será seu(s)...?
Herança do bem e do mal !  
Pedras que hoje rola,
Ontem as vi rolar no momento
Em que cavalgava entre lá e cá.
Um olho para muitos olhar
Estou lá estou cá!
Não!Não há insanidade 
Há dom hereditário ancestral.
Nada se vêem nas águas,
Nas águas vejo o que nem
Sempre posso revelar.
Não há susto neste caminho
Pois a muito ouço o que não se pode escutar.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

flor de metal

                                    Flor de metal


Flor de metal, espinho de ferro
Fria beleza, de pura bruteza,
Flor de metal espinho de ferro
De triste  e fria grandeza
Bruteza em um  florescer.
Flor de metal dos vales secos
 Sem cor.
Flor de metal regada de dor.
Flor de metal, espinho de ferro
Fere o infame semeador...

Flor de metal, que adorna
O peito do intrépido belicoso.

Flor de metal oriunda magistral
Do simples haver.
Flor de metal de fria beleza
 justificação de uma nobre bruteza.
Resistente flor de metal que resisti
A soturnidade ancestral.